2fev09
segunda-feira
o retorno ao trabalho no STF é um evento tão extravagante que merece cerimonial.
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3fev09
terça-feira
pela manhã ouço falar ao rádio Pedro Simon
sei que se trata de um senador do rio grande do sul, eleito pelo PMDB, no cargo a já algumas várias eleições. antecedentes morais ímpares. difícil me lembrar de algum envolvimento ou menção em grandes escândalos ou CPIs ou máfias
gostaria de saber mais.
sei que tentava pescar o desjejum mental e espiritual porém acordaram infelizes os djs e locutores
combinaram entre si no twitter tocar as piores merdas ao mesmo tempo
e se a melhor opção no dial é smiths
então a melhor opção é o jornalismo da CBN
(programa do Heródoto Barbeiro, recomendo. 8h30 CBN 90.5 fm) ,
e assim fez-se Pedro Simon na etérea manhã
falava sobre a recente vitória hegemônica do PMDB nas eleições internas do congresso nacional, elegendo presidentes da câmara dos deputados e do senado, respectivamente, o deputado Michel Temer e o senador José Sarney
(dentre outros, os presidentes das casas do legislativo têm os seguintes poderes: agilizar ou retardar o andamento de projetos e votações, distribuir e fiscalizar o orçamento, e substituir aos presidente da república e/ou ao vice quando ausentes – viagens, licenças, falecimentos)
Pedro Simon tergiversava sobre a (in)decência da qual revestiram-se as manobras políticas inter e extra-partidárias que condicionaram tais eleições (especialmente a de Sarney). de fato, esquivava-se de fazer delas o assunto
porém, e a meu ver com singular auto-crítica e lucidez, o homem condenava duramente a necessidade de seu partido, e de qualquer partido, atingir seus consensos baseados em escambos de ‘poder político’
e não em política de fato.
(quando pensaram a questão, os gregos definiram política como uma discussão material de conteúdo lógico e filosófico, que permitisse o verdadeiro exercício das também atenienses democracia e cidadania)
o velho insistia em que buscássemos repetir, em seus acertos, o modelo norte-americano de acúmulo e concentração de ‘poder político’, dentro e fora do partido, no período pré-eleições.
martelava especificamente na relevância de existirem eleições primárias.
de fato, quando um partido escolhe seu candidato com base na mera imposição dos dirigentes, e não através da autodeterminação da vontade de seus filiados por meio dos votos, duas são as conseqüências, e ambas extremamente negativas, originárias de grande parte da injustiça e da corrupção e principalmente da desesperança no processo político, tumores de uma sociedade descrente e machucada,
em primeiro lugar, o processo democrático torna-se viciado, como cartas marcadas, restando sempre maior peso às maiorias e, na mesma trilha, insignificante relevância às minorias, condenadas eternamente a servirem de peso morto, reminiscência ornamental e hipócrita sem voz ou decisão, ou a venderem-se e abrirem mão de ideologias e convicções em nome de quem sabe um cargo ou um financiamento do BNDES;
em segundo lugar, torna-se objeto de mercado e comércio a democracia, pois na medida em que a concentração de energia e de força se dá no campo das alianças de poder, e não no da consonância racional sobre idéias ou programas de governo ou princípios, nesta medida é que abre-se margem à prostituição da ética, da convicção, da ideologia, enfim de todos os valores pelos quais nossos antepassados sofreram, em maior ou menor escala.
concordo com o senador gaúcho.
e torço para que tornem-se fatos, e não cadáveres de devaneios demagógicos, suas boas previsões sobre uma newfound disposição do Congresso e do Senado em operar aquilo que os homens de preto chamam reforma política, e que aborda, entre outras tantas e igualmente importantes questões, a discussão e a reformulação dos processos de escolha interna dos partidos e das alianças partidárias.
desta reformulação é imprescindível que faça parte tornar-se obrigatória a realização de primárias para a escolha de candidatos e aprovação de alianças partidárias.
penso ser igualmente essencial obrigar partidos e/ou coligações a elaborarem e publicarem, numa determinada data prévia a eleições, um programa de governo num formato homogêneo e pré-determinado, cujas disposições só pudessem ser alteradas, da mesma forma, pelo voto igualitário de cada um dos membros de um partido ou coligação.
desta forma, governos assemelhariam-se a empresas, abrindo-se como um sol laranja poente por detrás de montanhas verdes a formidável possibilidade de simplesmente se destituir, por crime de responsabilidade (justiça criminal) e desvio de finalidade contratual (justiça civil), um político que ultrapassasse ou infringisse os limites programáticos e ideológicos de sua campanha
e quem sabe assim partidos políticos voltem a representar suas idéias, e não seus preços.
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4fev09
quarta-feira
dizem as más línguas que o presidente Lula bebe
demais.
e digo eu, parafraseando André Dahmer,
- vocês esperavam o quê?
quando os maiores aliados de um homem são o PL e o PDT, não há muitas outras opções.
05 fevereiro 2009
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2 comentários:
estou tentando decidir o que comento aqui. não sei se elogio o texto ou se faço uma piadinha política sobre o PMDB.
belo pensamento (o seu, e não a questão). você deveria assumir um cargo acima da presidência!
e os 3 poderes seriam você, Jah e roknroll.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3577980-EI6578,00-Simon+PMDB+nao+pode+dar+pra+quem+paga+mais.html
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