17 fevereiro 2009

de 15 em 15 minutos, o psicólogo leva a mão esquerda ao bolso
gostei
sutilezas denotam bom gosto

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campanhas publicitárias de instituições financeiras não me comovem.

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eu que sempre fui um homem de inspiração notívaga, ando preferindo as primeiras horas da manhã para escrever
não sei,
parecem virgens
e tenho vontades de dissecar assuntos outros
estranhos talvez
vorazes
como os últimos sonhos antes do sol
people are strange when you're a stranger faces look ugly when you're alone

não reparem.

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aves de setenta toneladas ou bem mais que isso voam todos os dias todos sobre nossas cabeças
poucos metros nos distinguem no horizonte remoto;
nós somos a geração do prosaico imponderável tedioso e banal
do
tudo-é-possível-e-daí?

foda-se
não é

você é assim
eu sou assim


contemporâneos.

::::

a babilônia é cruel
ilimitavelmente densa
solidão travestida em cada um e cada uma
das silenciosas multidões contentes
a remar rumo'alto mar
d'onde não se vê senão concreto e cinza
silentes vícios
ocultos ventres
,
e cruel.

não menos honrosa a menção porém das flores
que dentre pedras
nascem
crescem,
embelezam o limo
sobre as
pedras
e a vida da avenida inteira
e toda


eu sou um lírio.
lesado lírio
lírio livre

poeta pequeno aprendiz no jardim a versar amor à gérbera..

Um comentário:

Anônimo disse...

a quantidade de suspiros arrancados é incomensurável.


(existe vida pós-rotina, pós-carnaval, pós-qualqueroutracoisa, porque existe você)