03 outubro 2015


honolulu

vou gastar meu verbo
nadar de braçadas
ganhar o oceano
esfolar os sapatos
e a sola dos pés
no caminho que leva a você

surrar o destino
esmagar todo o carma
pôr fogo no abismo
que já não separa
ideias de corpos
por ti perder o que restou de são

não paro enquanto não me olhar
perigo
desdurmo a harmonia solar
persigo
desayuno el deseo de tu piel
pero no silencio
siempre hay un roto para un descosido
me dijo
la profa
la profa
la profa

buscar um recife encrustado na costa
tal qual um convite que recuso e gozo
pois há que enlouquecer de vez
lambuzar meu rosto barbado no doce
de lua, de leite
na rua ao deleite
dos seres humanos comuns
dos seres humanos comuns

Nenhum comentário: