o rio
acordei disposto a não censurar o pensamento
deixar o pensamento seguir livre
como pedra que se joga ao rio
e não afunda
há correnteza
leva a pedra e a partir daí
sabe-se lá em que paragem
em que vertigem
irá se fixar,
se irá
há cachoeira ao fim do rio
e metafísica
e sobretudo
populações de peixes ervas vermes frígidos anfíbios e ribeirinhos a viver
do rio
em transe e fome paciente
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